terça-feira, 19 de abril de 2011

Guerra nas Estrelas: a vida seria possível no planeta deserto Tatooine, mas as plantas seriam negras


Simulações de computador revelam que plantas nascidas em planetas orbitando anãs vermelhas seriam negras ou acizentadas

A vida vegetal em Tatooine: plantas negras e pouco calor
A vida vegetal em Tatooine: plantas negras e pouco calor (Warner Bros / Lucasfilm)
A vida seria possível em um planeta como Tatooine, aquele imaginado pelo diretor americano George Lucas no clássico do cinema Guerra nas Estrelas. De acordo com pesquisadores da Universidade de St. Andrews, Estados Unidos, o cineasta só teria cometido um erro ao representar o astro de dois sóis: as folhas das plantas seriam negras.
Cientistas desenvolveram simulações de computador com planetas semelhantes à Terra que orbitam duas estrelas próximas ou distantes entre si. Se essas estrelas forem as chamadas anãs vermelhas - estrelas que não emitem muita energia -, como é o caso de Tattoine no filme, as plantas teriam folhas negras ou acizentadas. Isso porque as plantas absorveriam toda a luz visível para aproveitar o máximo de energia e ainda assim, a luz emitida pelas anãs vermelhas só seria suficiente para que as folhas fossem escuras e não verdes como as que conhecemos.

Os cientistas da universidade americana explicam que, em diferentes temperaturas, a vida se desenvolve de formas variadas. A fotossíntese — processo pelo qual as plantas produzem energia a partir da luz do Sol — é alterada quando a cor da luz de uma estrela muda. "A temperatura de uma estrela determina sua cor e, assim, a cor da luz usada na fotossíntese", explicou o líder da pesquisa, Jack O'Malley, ao jornal britânico Daily Mail. "Nossas simulações sugerem que os planetas em sistemas com duas estrelas podem guardar formas de plantas mais exóticas que na Terra."

Energia estelar - A temperatura de uma estrela determina sua cor. Estrelas mais quentes podem ter uma cor mais azulada enquanto as mais frias podem assumir uma tonalidade avermelhada. É o caso do tipo de estrela mais comum na Via Láctea, a anã vermelha. A maior conhecida pelo homem emite 10% da luz do Sol. São menores e mais frias que o Sol - considerado informalmente como uma anã amarela, porque sua radiação visível é mais intensa na porção amarela e verde do espectro. Na Terra, as plantas assumem uma cor esverdeada por causa do pigmento clorofila. Ele absorve a luz do Sol, vital para a fotossíntese.

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